O dia do Corpo de Bombeiros
*A partir de hoje, uma autobiografia não-autorizada de Jonathan Estrela, membro oculto da família Negão Internauta.
As Aventuras do Pequeno Jonathan EstrelaEram cerca de 4 da tarde. Nós estávamos no mesmo lugar de todas as tardes, no Estádio 7 Copas. Era um estádio especial: Os muros das casas lindeiras serviam de arquibancada Vip, só os mais velhos conseguiam assistir de lá. Os outros ficavam no geral mesmo, que era a calçada. No gramado, ao invés do tradicional tapete verde grama, um preto pixe. Os carrinhos que atrapalhavam o jogo eram diferentes daqueles que devem ser punidos com cartão amarelo se aplicados por trás. Nesse caso, se o carrinho acertar por trás, leva no mínimo multa. Ou seja, o que os demais chamavam de Rua Washington Luiz nós batizamos de Estádio 7 copas, uma homenagem à vegetação local.
Como sempre, alguns de nós suavam a camisa, enquanto outros suavam ao relento mesmo. Disputas quentes, jogadas ensaiadas, pés pretos. Toda magia do futebol arte enclausurada em cerca de 50 m² de campo.
Mas tudo isso foi rompido por um som que vinha de longe, mas dava para saber que se aproximava com muita velocidade. Era uma sirene, daquelas que te deixam em alerta. Em pouco tempo enxergamos no fim da rua o carro do Corpo de Bombeiros e, muito estranhamente, atrás dele vinham várias pessoas, curiosos em geral.
No meio daquilo tudo, nós, atletas dedicados, não pensamos duas vezes, seguimos a multidão sem saber onde iríamos chegar ou porque estavamos fazendo aquilo.
O corre-corre dava ares de filme de ação. Todos corriam, alguns com cara fechada, como se estivessem em uma missão importantíssima. Outros, apostavam que chegaria primeiro ao destino, que era incerto para todos.
Ao fim de um número de quadras incalculável, o carro parou bruscamente. Os bombeiros desceram apressados. Todos se posicionaram, deviam ter treinado isso várias vezes. O "bombeiro chefe" entrou na residência e os espectadores ficaram na espectativa. Cerca de 20 segundos de espectativa...
15 segundos???
Isso mesmo. 15 segundos depois o bombeiro saiu com uma frigideira em chamas, na qual havia se fritado provavelmente um ovo, e a jogou numa valeta que beirava o quintal. Um silêncio reflexivo pairou na multidão. Quando o silêncio desfez-se pelo "bombeiro chefe", que tentava explicar para a dona da residência que existe uma grande diferença entre uma casa pegando fogo e uma frigideira metida a besta, tudo desfez-se em solidáriedade.
O pedreiro colocou o saco de cimento nas costas e partiu. O cabeleireiro testou o fio da tesoura e partiu. O bombeiro enrolou a mangueira e partiu...
E nós? Bem, bola debaixo do braço e... partida!
Como sempre, alguns de nós suavam a camisa, enquanto outros suavam ao relento mesmo. Disputas quentes, jogadas ensaiadas, pés pretos. Toda magia do futebol arte enclausurada em cerca de 50 m² de campo.
Mas tudo isso foi rompido por um som que vinha de longe, mas dava para saber que se aproximava com muita velocidade. Era uma sirene, daquelas que te deixam em alerta. Em pouco tempo enxergamos no fim da rua o carro do Corpo de Bombeiros e, muito estranhamente, atrás dele vinham várias pessoas, curiosos em geral.
No meio daquilo tudo, nós, atletas dedicados, não pensamos duas vezes, seguimos a multidão sem saber onde iríamos chegar ou porque estavamos fazendo aquilo.
O corre-corre dava ares de filme de ação. Todos corriam, alguns com cara fechada, como se estivessem em uma missão importantíssima. Outros, apostavam que chegaria primeiro ao destino, que era incerto para todos.
Ao fim de um número de quadras incalculável, o carro parou bruscamente. Os bombeiros desceram apressados. Todos se posicionaram, deviam ter treinado isso várias vezes. O "bombeiro chefe" entrou na residência e os espectadores ficaram na espectativa. Cerca de 20 segundos de espectativa...
15 segundos???
Isso mesmo. 15 segundos depois o bombeiro saiu com uma frigideira em chamas, na qual havia se fritado provavelmente um ovo, e a jogou numa valeta que beirava o quintal. Um silêncio reflexivo pairou na multidão. Quando o silêncio desfez-se pelo "bombeiro chefe", que tentava explicar para a dona da residência que existe uma grande diferença entre uma casa pegando fogo e uma frigideira metida a besta, tudo desfez-se em solidáriedade.
O pedreiro colocou o saco de cimento nas costas e partiu. O cabeleireiro testou o fio da tesoura e partiu. O bombeiro enrolou a mangueira e partiu...
E nós? Bem, bola debaixo do braço e... partida!
baseado em fatos muito reais.
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